Palavra do Cruzeirense.

Caros Amigos, para quem ainda não conhece, o Antídoto® é um Cruzeirense que acaba com o time monotítulo nos blogs da vida. Ele tem um texto sobre o mono desde 2000 e conta tudo em Literatura de Cordel. Para relembrarmos o título do Rural 2008 eu copiei este trecho do "livro" do Antídoto®:

E começou outro Campeonato Rural

Os vira-latas eram só vaidade

O Galo será o campeão

Gritavam pelos quatro cantos da cidade

Será um belo centenário

Oh! Deus que felicidade.

Mas aos trancos e barrancos

O "grorioso" classificou-se em terceiro

E como foi cruel o destino

Com o time do galinheiro

Que na final do Campeonato

Enfrentaria seu carrasco, o Cruzeiro.

Os atleticânus entraram em êxtase

Como galinha choca a cuidar do ovo

O "grorioso" era campeão antecipado

Sabiam até os números do placar

Seria quatro a zero de novo

O primeiro título do centenário

Para alegria do sofrido povo.

E no primeiro jogo da final

Foi uma farra medonha

Antes do apito inicial

Cantavam hino como lavadeiras risonhas

Mas após o apito final

Dava um prazer fenomenal

Ver as caras de bunda dos sem-vergonhas

O Cruzeiro enfiou cinco a zero

Estuprando o timinho ordinário

Colocando um carimbo azul

Nas festas do centenário

Assim como a segunda divisão

Ficará outra mancha fecal

Outro vexame extraordinário.

Já no segundo jogo

Com o Mineirão de azul abarrotado

Para meia dúzia de gatos pingados

Apenas o chiqueirinho foi reservado

Eram tantos vira-latas

Que nos dedos poderiam ser contados

Não sei se ria de felicidade 

Ou de pena dos coitados.

O Cruzeiro marcou um a zero

E começou um belo olé

Enquanto a China Azul gritava

Chamando o Danilinho de mané

Informando ao corno manso

Que Guilherme, o craque celeste

Está pegando sua mulher.

Danilinho se descontrolou

Ficou histérico o anãozinho bundudo

Foi provocado pelo Charles

Que o chamou de chifrudo

Aí partiu para agressão

O baixinho vagabundo

Expulso pelo juiz

Saiu de campo chorando

O choro mais triste do mundo.

Ele reclamava com o juiz

E alguém acabou ouvindo

O desabafo do baixinho

Sobre o que o estava deprimindo

Minha mulher está me traindo

Meu Galo está sucumbindo

Os cruzeirenses estão todos rindo

O senhor pode imaginar

Tudo o que estou sentindo?

E a China Azul fazia a festa

Gritando, É Campeão!

Humilhamos mais uma vez

O timinho de segunda divisão

Enquanto a meia dúzia de vira-latas

Abandonava o Mineirão

Uns xingando, outros chorando

Alguns vomitando palavrão.

E mais uma vez fica a lição

Que jogo se ganha no gramado

E não estufando o peito pelas ruas

E conversando fiado

Como passaram quase um ano

Sobre um caixotinho trepados

E se recusavam a descer

Tiveram de ser empurrados.

E o Ziza um sete um?

Eu queria ver a cara do otário

Queria vê-lo dizer de novo 

Que ganharia tudo no centenário

E que o time do Atlético Mineiro

É um timaço extraordinário.

Mas ele tomou um chá de sumiço

Colocou o rabo entre as pernas, o falastrão

Deve estar se consolando

Com o cabeça de rola, seu patrão

Acariciando-lhe a careca

Com aquele imundo bigodão.

Antídoto®