ANALISI DEL GIOCO: CAM 1 X 3 CEC

Não existe clássico mineiro, não mais, isso é algo incontestável e que nenhum pseudo-presidente, pseudo-treinador ou pseudo-craque questione isso. Nem mesmo um árbitro que ontem não esteve bem, anulando um gol legítimo do ex-rival, mas que deixou de dar um pênalti quando Kléber foi agredido com um pontapé dentro da grande área enquanto estava caído e quando validou o primeiro gol emplumado onde o atacante Tardelli estava em posição irregular, sem contar as inúmeras faltas que o clube de Vespasiano fez durante o jogo, onde punições brandas foram dadas, mas nada contundente que coibisse a violência dos estabanados defensores de penas.

Em uma atitude incompreensível acabamos por ter de ouvir bestialidades de um descompensado, sofredor, completamente despreparado emocionalmente para estar em seu lugar, atual galináceo, vitorioso em parte de sua carreira, porém que em 6, 7 anos não permanece em nenhum clube sem ser demitido antes de completar um ano de trabalho (para qualquer profissional é ruim, imagina quantas entradas devem haver na carteira de trabalho de tal senhor). Tal indivíduo não consegue ter sucesso algum no seu trabalho, lembrando que sempre "maneja" equipes com excelente saúde financeira, com condições de buscar jogadores de altíssimo nível, porém sobre seu comando tais "estrelas" atuam de forma ridícula, fazendo com que sonhos de determinados clubes afundem de maneira pífia em meio as mesmas lamúrias sobre arbitragem, sobre calendário do futebol brasileiro, sobre tempo para trabalho ou local adequado para fazê-lo e sobre a vaidade e intolerância de um homem que alega ser um gênio que definitivamente não é.

Falando do jogo, que foi interessante e mais complicado que os últimos confrontos "alvicelestenegros", a partida teve 4 grandes nomes: Leonardo Silva que reencontrou o bom futebol, Elicarlos que consertou o setor defensivo esquerdo do Cruzeiro, Roger o estreante da tarde que simplesmente definiu o jogo e demonstrou realmente o que é ser um camisa 10 e o treinador Adilson Batista que duelando com Luxemburgo, teve ampla vantagem sobre seu adversário na partida de ontem, enxergando o jogo de forma objetiva e feliz na maior parte do tempo.

Taticamente sem novidades, Adilson apostou no 4-3-1-2 para bater o fraco 4-1-2-1-2 do ex-técnico em atividade Vanderlei. AB teve problemas com o esquema que mais uma vez teve seu calcanhar de Aquiles no lateral-esquerdo Diego Renan, pois mesmo com Marquinhos Paraná melhorando a cobertura Muriqui sempre teve facilidade para atacar por ali.

Adilson entrou com seu esquema tradicional, arrancou o gol, sofreu o empate (com um gol roubado de Jairo Campos - Tardelli estava impedido no lance da falta) e no intervalo conseguiu consertar a sistema defensivo celeste. Manteve o mesmo esquema, porém com Elicarlos defendendo na lateral esquerda e com Pedro Ken de meia pela direita, fazendo com que o lado direito fosse o mais ofensivo celeste com Jonathan também no apoio.

Daí em diante o jogo parelho tomou contornos mais definidos e enfim o treinador celeste viu a oportunidade de lançar o estreante Roger, que entrou e decidiu o jogo, atuando tipicamente como um camisa 10, dando aulas a como um verdadeiro meia-atacante deve se portar em campo.

O treinador de penas cacarejou, fez gestos para torcida azul, reclamou do mundo, mas esqueceu de trabalhar, não promoveu nenhuma mudança significativa e facilitou muito para defensiva celeste que estava soberba na partida com Gil e Leonardo Silva.

Taticamente houveram poucas variações, não poderia haver muitas já que o jogo era de certa forma complicado e fugiu dos parâmetros fáceis dos últimos clássicos. Assim Adilson manteve sua linha defensiva com quatro homens, três volantes logo à frente, um meia-atacante e dois atacantes para definir o jogo. Os jogadores acabaram atuando assim:

Goleiro - Fábio: Começou o jogo mal, errou em um lance onde saiu precipitadamente em Tardelli e errou em uma bola cruzada na área que estava em suas mãos, se complicando acabou espalmando e trazendo perigo em um lance simples, no mais não teve culpa no gol e fez uma bela defesa antes de sofrer o gol no lance. NOTA: 6

Lateral-direito - Jonathan: Boa partida, ele dá aulas aos laterais sobre como defender e como atacar. Foi fundamental na defesa e peça importantíssima no ataque. NOTA: 7

Zagueiro - Gil: Melhor partida do zagueiro com a camisa do Cruzeiro, teve muito trabalho para acompanhar Tardelli e Muriqui, faltou velocidade em alguns lances, porém foi soberano pelo alto e muito bem no mano-a-mano. Acabou até deixando o seu gol contando com a ajuda do ex-lateral esquerdo do Cruzeiro, Leandro. NOTA: 7

Zagueiro - Leonardo Silva: Voltou a jogar o belo futebol do ano passado. Firme, forte, excelente no jogo aéreo e espetacular pelo chão, ganhou todos os lances e ainda fez o gol de desempate celeste. NOTA: 9

Lateral-esquerdo - Diego Renan: Muito mal mais uma vez. O gol saiu em um lance errado do jogador. Marquinhos teve que cubrí-lo e acabou cometendo falta. Diego corre grande risco de perder sua posição, senão no próximo jogo, muito brevemente. Fico triste por ver que um "prata da casa" tenha sofrido tanto com o problema da marcação. Quem sabe não seria interessante testá-lo como volante ou até como meia... NOTA: 4

Volante - Henrique: Excelente. Fica complicado do Adilson definir a equipe com tantos volantes de qualidade. Foi extremamente feliz em todos os lances que o envolveram. Teve qualidade no passe e esteve excelente na contenção de Renan Oliveira. NOTA: 8

Volante/lateral-esquerdo - Elicarlos: Esteve muito bem mais uma vez e foi fundamental no esquema do Adilson, pois no 2º tempo, deslocado para esquerda, impediu que Muriqui, Coelho e Tardelli permancessem no comando daquela faixa do campo. NOTA: 9

Volante - Marquinhos Paraná: Foi uma boa válvula de escape quando o jogo apertada e ajudou a corrigir a falha de marcação pela esquerda. Esteve bem na maior parte do tempo. NOTA: 7

Meia-atacante - Gilberto: Tirando umas 4 "canetadas" sensacionais, a grande facilidade em passar a bola, foi muito bem marcado e teve sua atuação complicada sofrendo diversas faltas, umas marcadas, outras não pelo árbitro da partida. Começo a vê-lo como meia e não como meia-atacante, será muito interessante vê-lo em campo nessa posição, talvez resolva o problema nas decidas de Diego Renan o que seria incrível. NOTA: 6

Segundo atacante - Thiago Ribeiro: Esteve bem, infernizou os laterais galináceos com velocidade e excelente controle de bola. Acabou por quase fazer um golaço em uma lançamento de Roger. Ainda teve boa percepção no preenchimento de espaços, dificultando a saída de bola adversária. NOTA: 7

Centro-avante - Kléber: Caiu, brigou, lutou e dificultou o trabalho da defesa adversária. Foi marcado com rispidez e certas vezes com força excessiva. Sofreu um pênalti claríssimo o que levaria a uma expulsão do zagueiro Jairo Campos após ser chutado em uma disputada de bola enquanto estava no chão. NOTA: 7

Substitutos

Volante/meia - Pedro Ken: Não entrou bem, errou passes e não foi boa opção ofensiva, porém ajudou a marcaçao pelo lado direito, deixou a equipe melhor guarnecida. NOTA: 6

Meia-atacante - Roger: Entrou muito bem. Habilidoso demais, utilizou excessivamente de sua categoria para destruir os flanelinhas. Vários lances de efeito, um lançamento espetacular para Thiago Ribeiro, um escanteio batido com excelência na cabeça de Leonardo Silva para desempatar o jogo e um gol com bastante categoria ao ver o adiantado Carini mais uma vez mal posicionado. Sem contar os lances individuais demosntrando raça aliada a qualidade técnica indiscutível. NOTA: 9

Meia-atacante - Bernardo: Pouco apareceu e seu melhor momento com certeza foi ter pegado uma flanela na mão dos torcedores e balançado perto do setor da geral celeste qquando comemorava o terceiro gol cruzeirense. SEM NOTA

Técnico - Adilson Batista: Não tem muito o que falar, pois um cara que consegue levar um clube a tal hegemonia em clássicos, que leva o clube a permanecer em três anos no topo do cenário nacional e principalmente que faz com que Vanderlei Luxemburgo, fracasso nos últimos 6 anos de trabalho, engula cada uma de suas palavras com nós e humilhações como a de ontem merece louvor em seu nome. NOTA: 9
Sem mais.

Saudações alvicelestes.

Walter Seixas
walter.sn@hotmail.com
http://www.twitter.com/waltinTFC

*Fotos Agência Estado e Marcus TFC (vulgo, ComandoSegurançaTFC)