ANALISI DEL GIOCO: Supremacia no Uruguai e retorno a normalidade em BH

6 de mai. de 2010 ·

Uma noite espetacular.
Não há muito o que falar da equipe. Adilson promoveu duas ou três significativas alterações táticas, parou a equipe uruguaia taticamente e fez com que os 20 mil torcedores saíssem do estádio assustados.

Falando em torcedores, que torcida espetacular! Mesmo após a derrota por 3 X 0, dentro de casa, os torcedores, inteligentemente, aplaudiram e continuaram cantando o hino do clube tricolor, sinal de respeito ao time e a luta, embora em vão, de seus jogadores. Vi isso anteontem, na eliminação do Vélez Sarsfield, uma partida memorável do goleiro Sánchez do Chivas, fez com que o time argentino fosse eliminado, mas fez com que a torcida demonstrasse o tamanho do amor sentido pela equipe e mais como sinal de respeito, cantaram muito após o fim do jogo.

Sim, o Nacional tem mais tradição. Porém não, tradição não joga futebol, o que joga são os jogadores e o treinador Eduardo Acevedo, excelente motivador, acabou por motivar a equipe errada e se deparou com o segundo massacre em dois anos. No Torneo de Verano (ou Copa Bimbo) e na Copa Libertadores da América.

Acevedo, encurralado em seu próprio domínio, viu-se reduzido a nada. Logo no começo da partida após o remate de Fabrício, que caprichosamente estremeceu a baliza do goleiro Muñoz o jogo já se delineou.

Os Bosilludos alçavam bola na área adversária sempre que possível e a Raposa saia jogando muito bem, com toques envolventes e demonstrando um completo domínio no meio campo.

Assim, os três gols foram acontecendo naturalmente, o placar de 6 X 1 agregado apenas comprovou a facilidade com que os celestes dominaram as partidas e serviu para comprovar que o ex-Palestra Itália de Minas Gerais pode chegar a glória ainda este ano.

Analisando os jogadores individualmente:

Goleiro – Fábio: Excelente, não errou nenhum lance, fez defesas que demonstraram bom posicionamento e reflexo. NOTA: 9

Lateral direito – Jonathan: O jogador que nós cruzeirenses conhecemos. Excelente na defesa e muito bem no ataque, deu assistência para o gol de Gilberto no fim do jogo, em uma arrancada invejável. NOTA: 9

Zagueiro – Gil: Excelente. Eu o criticava muito. Porém suas apresentações contra o Nacional-URU foram perfeitas. Torço para que mantenha o bom futebol. Um lance que me chamou a atenção foi durante a expulsão de Leonardo Silva, os jogadores foram cobrar atitude do árbitro na expulsão de Coates, porém ao verem o amarelo, partiram para cima do árbitro, Gil segurou alguns e pediu para esperar, inteligentemente, sabia que sairia o vermelho em seguida. Lances assim demonstram calma e frieza, fundamentais em zagueiros. NOTA: 9

Zagueiro – Leonardo Silva: Muito bem enquanto esteve em campo. Não o julgo pela expulsão de forma alguma. Acho que o juiz exagerou, porém juízes argentinos são assim. Pode haver fratura exposta em um carrinho por trás, mas se a bola estiver em jogo está valendo, porém se a agressão direta, expulsão na certa. NOTA: 8

Lateral esquerdo – Diego Renan: Como é bom ver nosso excelente lateral de volta. Outra partida excelente do jogador que culminou toda a sua notável apresentação com um gol, muito belo por sinal. NOTA: 9

Meia direita / volante – Fabrício: O melhor jogador em campo. Parece que sua entrada na equipe fez com que Marquinhos e Henrique voltassem a jogar futebol. Dessa vez entrou com um posicionamento diferente do jogo de ida e atuou com perfeição tanto no apoio como na defesa. NOTA: 10

Volante – Henrique: Muito bem em campo, mesmo com função diferente da primeira partida. Marcou com bastante eficiência e utilizou de seu excelente vigor para ocupar os espaços corretos em campo. NOTA: 9

Volante – Marquinhos Paraná: Assim com Henrique, foi excelente, seu futebol cresceu muito nas duas partidas que Fabrício completou o meio campo ideal segundo Adilson. Coberturas excelentes, passes precisos e cadência necessária nos momentos corretos. NOTA: 9

Meia esquerda / meia-atacante – Gilberto: Outro que ganhou nova função nesta partida, pois recompunha o meio campo pela esquerda e atuou aberto por aquele lado ofensivamente, afunilando algumas jogadas para procurar as sobreposições de Diego Renan. NOTA: 9

Segundo atacante - Thiago Ribeiro: Uma fase espetacular vive o jogador. Belíssimo gol de falta e a sua grande mobilidade, ajuda na marcação sob-pressão e principalmente a sua disposição tática fez com que a atuação, mais uma vez tenha sido destacada. Hoje já se tornou o principal jogador celeste. NOTA: 9

Centro-avante – Kléber: Jogador que mais se sacrificou nestes dois confrontos, porém fundamental para abrir espaços na defesa. Apareceu sempre como centro-avante e demonstrou a raça e disposição de sempre. NOTA: 9

Substitutos

Zagueiro – Thiago Heleno: Excelente partida. Entrou e manteve o nível de Leonardo Silva. NOTA: 9

Volante – Pedro Ken: Entrou faltando 20 minutos para o final e apenas manteve o nível da apresentação celeste. NOTA: 8

Centro-avante – Wellington Paulista: Muito pouco tempo em campo e nada fez. Sem nota.


Técnico

Treinador – Adilson Batista: São três mudanças fundamentais na equipe variando sempre do 4-4-2 para o 4-2-2-2:
1) Recuou um pouco Gilberto, pedindo apoio a meia-esquerda, mondatando uma linha de quatro meias quando o Nacional atacava.
2) Fabrício atacava pela meia direita, em poucos momentos atuou por dentro. Era o homem da direita que dava suporte a marcação celeste em linha.
3) Thiago atacou dos dois lados já que o apoio a Gilberto não era tão incisivo como no primeiro jogo.
NOTA: 10

Off-topic: A sala de troféus de um certo ex-rival, sala essa chamada de Guarapari, vai continuar sem um troféu. A Copa do Brasil acabou para o clube preto, branco e rosa de Vespasiano. E a mais nova dança, “Reboluxa”, acabou sendo dançada novamente pelo treinador, desta vez literalmente.
Não sou de dar respostas a atleticanos, mas sou de dar alertas... O treinador de vocês disse que o Santos foi ingrato com ele e os atletas Neymar, Ganso e André também. Enfim, aproveito isso para postar um levantamento feito pelo próprio treinador, lançado no twitter do mesmo:
- PH Ganso / Titular: 19 jogos / 2ºT: 1 jogo / Machucado e/ou suspenso: 7 jogos / Banco sem entrar: Nenhuma vez / Total: 20 jogos em 27
- Neymar / Titular: 10 jogos / 2ºT: 13 jogos / Machucado e/ou suspenso: 3 jogos / Banco sem entrar: Nenhuma vez / Total: 23 jogos em 27
- André / Titular: 3 jogos / 2ºT: 5 jogos / Machucado ou não escalado: 8 jogos / Banco sem entrar: 11 jogos / Total: 8 jogos em 27
E com base nisso, apenas comprovo como o custo-benefício que ele tanto promete é irreal. Estes jogadores acima, na época de “Luxa”, como ele gosta de ser chamado, não valiam 10% do que valem hoje. O salário que de acordo com alguns jornalistas e colunistas (muitos sócias, pois o treinador gosta de estar sempre em voga) era por volta de meio milhão de reais por mês. Será realmente, que um treinador tão caro assim, trás tanto retorno para uma equipe? Será que realmente o trabalho dele é, hoje em dia, tão espetacular? Porque Dorival (de muito boa passagem pelo Cruzeiro) consegue resultados tão superiores a ele com um plantel tão parecido?
Mais uma vez Luxemburgo consegue o que quer. Ou seja, aparecer. (Por antecipação peço desculpas ao Zago, mas achei sensacional a imagem.


ERRATA: No post que falei sobre o Gran Parque Central, me pronunciei mal e meu amigo Walfrido, sempre atento, me mandou um e-mail alertando que o estádio não é tão pequeno assim. Segue condições reais e tirem suas conclusões. Acredito que se compararmos ao Mineirão ele é estreito.

Parque Central: 105 x 68m
Engenhão 105 x 68 m
Olímpico Gremio: 105 x 68m
Arena da baixada: 105 x 68m
Barradão: 105 x 70m
Monumental de Nuñes: 105 x 70m
Pacaembu: 110 x 68m
Beira Rio: 108 x 72m
Morumbi 108 x 72 m
Mineirão e Maracanã: 110 x 75m
Palestra Itália: 110 x 75m
Ipatingão: 110 x 75m
São januário: 110 x 68 m

Lembrando que se não me engano:
A FIFA indica:
- Comprimento: Mínimo de 90m e máxima 120m
- Largura: Mínimo de 45m e máximo de 90m
Partidas internacionais aumenta um pouco:
- Comprimento: Mínimo de 100m e máxima de 110m
- Largura: Mínimo de 64m e máximo de 75m

Sem mais.


5 comentários:

Benalle disse...
6 de maio de 2010 às 19:17  

Walter,

não sei se foi de proposito, mas o Luxa exigindo e provocando os garotos da Vila falando q eles eram magrinhos e "palitos" fez com q eles se esforçassem mais, ganhasem massa muscular e força, alem da araiva e vontade de mostrar ao treinador q ele estava errado, então, talvez, sem querer Luxa foi fundamental pra essa campanha do Santos em 2010.

Quanto ao jogo, concordo com tudo, Só Acho q a Nota do Fabricio foi baixa...xD

Sandro Martini disse...
6 de maio de 2010 às 19:31  

Kde a nota do Gilberto?!
Esqueceram. Acho que ele merece credito depois de taaantas criticas (inclusive minhas) voltou a jogar bem.

Benalle disse...
6 de maio de 2010 às 19:37  

A minha nota pro Gilberto é 9

ISAAC disse...
6 de maio de 2010 às 21:28  

DEUS TENHA MISERICÓRDIA DESTA ALMA PENADA!!!!

NOTA 9 PRO LIXO PARANÁ ???????

Anônimo disse...
7 de maio de 2010 às 02:28  

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