Análise do Dom Joker.

Salve LC!

Não tenho palavras para descrever o que senti ontem.

SOBRE O JOGO

Tudo como programado, da mesma maneira que vi em 1997. É verdade que os “dinossauros” do bLC, já viram mais vezes, e podem comentar mais sobre isto, mas que correu tudo como esperado, isso sim, correu.
Papel picado, sinalizadores, foguetes, fumaça (muita fumaça), cânticos entoados em uníssono, intermitentemente pela torcida argentina.
O atraso por causa da fumaça, a demora para entrar em campo da equipe do Estudiantes e o cano estourada que enlameou o gol do Fábio no primeiro tempo fizeram com que os jogadores sentissem a suposta pressão que a torcida dos Pinchas poderia exercer, porém não vi em nenhum momento os nossos guerreiros sentindo a tão falada e famigerada pressão.
Com certeza isso ditou o ritmo do jogo, mesmo em momentos de dificuldade nos saímos bem e não voltamos do estádio Ciudad de La Plata com a vitória simplesmente por um mero contratempo.
Agora é em casa, no Mineirão, tremei Verón, Andújar, Schiavi (FDP), Boselli e Fernádez, aqui as coisas são piores do que do que aí.

ANÁLISE TÁTICA

Alejandro Sabella X Adilson Batista = AB na cabeça! Um duelo tático inexistente!
Foi simplesmente próxima à perfeição a tática utilizada por AB diante de Los Pinchas.
Sabella fugiu um pouco do seu tradicional esquema, entrou no 4-3-1-2 (defendendo) e no 4-1-3-2 (atacando).
Teve três volantes em campo e dois destes foram seus melhores jogadores, um por ter aparecido muito (Verón) e outro por não termos tomado tanto cuidado com sua marcação (Pérez).
Quando se defendia o Estudiantes tinha Braña postado no centro e Verón voltava para defender pelo flanco que tinha atacado assim como Pérez.
Os laterais jogaram praticamente como zagueiros, pouco atacaram e o Cruzeiro não aproveitou a linha de 4 jogadores que era feita na lenta defesa alvirrubra.
Atacando, o Estudiantes contou com uma surpresa, Pérez jogou mais solto e fez a mesma função que Verón durante a partida, se juntando a Benítez no comando da meia cancha. Assim foi criado um arco com três jogadores Pérez pela direita, Verón pelo meio e Benítez pela esquerda para apoiar a linha de ataque formada por Boselli e Fernández, o segundo se movimentava muito depois da linha intermediária porém sem efetividade.
Adilson mudou a equipe, jogou no 5-2-1-2 quando defendia e no 4-3-1-2 quando atacava. A principal alteração de AB foi a troca de posicionamento de Henrique e MP. Henrique foi recuado e atuou quase como um zagueiro, marcando constantemente Gastón Fernández enquanto MP foi adiantado para marcar La Brujita. Com L.Silva colado em Mauro Boselli, Anderson jogou na sobra e assim a marcação cruzeirense anulou os principais jogadores da equipe adversária, contando ainda com GM e Jonathan bem postados ajudando muito na defesa, sem apoiarem o ataque simultaneamente como costumam fazer.

ANÁLISE TÉCNICA

Os goleiros: Andújar apareceu pouco, não teve muito trabalho ao contrário de Fábio. O arqueiro celeste foi espetacular! Defendeu tudo e mais um pouco, e no mínimo em 4 lances fez defesas completamente incríveis, o herói do empate e com certeza, comprarei sua camisa se chegarmos ao TRI. Tá com pinta de virar herói como o Dida em 97...

Laterais: Cellay e Ré pouco apoiaram, formavam uma linha de quatro marcadores na defesa argentina e pouco acionados não apareceram.
Jonathan e Gérson Magrão foram parecidos com seus companheiros de posição, não apoiaram muito, porém foram fundamentais para fechar as laterais do campo e ainda no final do jogo apoiaram, fizeram boa partida.

Zagueiros: Desábato e Schiavi foram desleais, grosseiros e estabanados, em Belo Horizonte, caso joguem da mesma, forma serão facilmente batidos pelos atacantes celestes, vide que quando atacamos a defesa deles entrou em pânico e dominamos o jogo por completo.
Anderson, L. Silva e Henrique (que jogou de terceiro zagueiro) foram excelentes. Anderson na sobra foi simples e não errou, se mantiver esse futebol é facilmente titular do Cruzeiro ao lado do monstro Leo Obama Silva! L. Silva não errou, foi perfeito em todos os lances, em um deles deu um carrinho de frente, dentro da grande área quando Fernández apareceu sozinho, não encostou no adversário e salvou o Cruzeiro, Boselli praticamente não jogou.
Henrique que completou o setor de maneira improvisada, visando não deixar que “Gata” Fernández jogasse, e não deixou. O jogador mais perigoso do Estudiantes foi anulado pelo marcador celeste. Os erros de Henrique? Os mesmo de sempre, errou alguns passes, mas até chapéu deu.

Volantes: O Estudiantes teve Braña, Pérez e Verón no setor, porém os dois últimos jogaram quase como meias procurando espaços e armando o jogo pelo centro e pela direita, apareceram bem, e foram os melhores em campo da equipe alvirrubra. Braña se conteve mais e colou hora em Kleber, hora em Wagner.
O Cruzeiro teve MP mais adiantado do que de costume, foi o marcador de Juan Sebastián Verón e fez com que o volante/meia adversário não jogasse. MP ainda acertou quase todos os passes e cadenciou muito bem o jogo.
Ramires o nosso volante/meia, foi recuado, jogou justamente onde Verón gostava e forçava o argentino a não sair tanto para o jogo para não dar espaço ao Rei-Negão. Infelizmente Ramires não foi tão bem quanto pensávamos e ele não vem sendo decisivo, porém só sua presença já faz com que o adversário se preocupe.

Meias: Benítez foi péssimo, se nenhuma efetividade. Não recebeu marcação homem-a-homem mas foi anulado pela esquerda por Jonathan. Wagner, bem marcado por Braña apareceu bem no segundo tempo, caiu pela esquerda em alguns momentos, porém errou o último passe em lances de contra-ataque, no todo, fez uma partida mediana.

Atacantes: Gastón Fernándes e Mauro Boselli foram anulados por Henrique e L. Silva respectivamente, tentaram poucas jogadas e assustaram pouco o Cruzeiro (efetivamente quem assustou mesmo foi Verón). WP e Kleber não foram sensacionais como vinham sendo, mas acabaram por se movimentar muito e mostrarem, mais uma vez, muita dedicação e raça dentro de campo. Infelizmente, Kleber perdeu o gol mais feito do jogo, o Gladiador fica nos devendo ele para o jogo de volta.

SUBSTITUIÇÕES

Alejandro Sabella tentou mudar o panorama do jogo com a entrada de Núñez na posição de Benítez e Salgueiro na posição de “Gata” Fernández, porém nada mudou e a sua equipe foi cada vez mais envolvida pelo Cruzeiro.
Já AB, mexeu somente uma vez, tirou Magrão e colocou Fabinho, fechando o meio, Fabinho entrou bem e puxou alguns ataques enquanto o Cruzeiro mantinha o domínio no final do jogo.

3 TOQUES

1) Fábio na seleção brasileira? Não! Deixe-o no Cruzeiro mesmo.
2) Narração do Galvão: Não é que aquele mala sem alça mandou bem! Queimou minha língua. Se rendeu ao futebol envolvente da equipe celeste. O que acharam?
3) Qual a explicação para o gol perdido pelo Gladiador? Data de casamento adiantada de setembro para o final da semana que vem, dois dias depois da finálissima. Está negociado? Para quem?

Sem mais.

Dom Joker
ACIMA DE TUDO O CRUZEIRO! FORZA CRUZEIRO!
"La Bestia Negra" - Nos resta apenas um argentino em uma partida no Mineirão...
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